segunda-feira, fevereiro 22, 2016

Nando Reis tem muito a dizer e isso é inegável, e eu ouço muito Deus me dizendo coisas por meio do Nando! Música: Os Cegos do Castelo - Nando Reis

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Nando Reis tem muito a dizer e isso é inegável, e eu ouço muito Deus me dizendo coisas por meio do Nando! Música: Os Cegos do Castelo - Nando Reis

Hoje é alguém em quem eu tenho um grande apreço por sua arte - Nando Reis!

A semelhança de Humberto Gessinger, Nando Reis pra mim é um compositor ímpar, que diz muito sobre aquilo que permeia o dia a dia, que em suas composições nos lança desafios, o pensar, pensar sobre muitas coisas, sobre mais, sobre tudo, sobre mim. Admiro a facilidade com que parece que o Nando tem para compor, pois penso, ele diz muito do que nele reside, e em se conhecendo e sabendo de si, externar o que em si há, torna-se uma tarefa boa, e ainda mais quando se tem um dom para se traduzir em canções, enfim, e  por falar em enxergar, é que o Post de hoje se trata, não deixar de se enxergar, de saber quem se é, para que não se deixe aprisionado e cego frente a si, frente a vida!

A música de hoje é Os Cegos do Castelo! Cara, quanta analogia eu faço dessa música, mas, todas elas se resolvem no Mito da Caverna, aliás não tem como olhar a vida e não relacionar o Mito de Platão com os nossos movimentos pessoais, mas para que o mito e a canção sejam de fato, experimentados, necessário é admitir que, mesmo partindo de nós o ir/vir, ainda somos dependentes de um lugar aconchegante, que nos conforte conosco mesmo.

Uma das maiores satisfações para um ser humano, é poder se sentir humano e não ignorar tal condição, sabendo que assim como os demais, somos todos passíveis a erros, escolhemos a mentira para livrar nosso lado, ou quando temos a oportunidade, ferimos os outros para que saíamos do embate "vitoriosos", fácil saber que fazemos isso, porque a consciência sempre nos acusa, porém lindo não é só saber que assim somos, mas admitir e buscarmos sermos mais do que apenas respostas automáticas, sim, o automático tira o sabor da ação, e nos lança na preguiça "prazerosa" de nada fazer, lindo é admitir e realizar o trabalho manual a fim de se tornar mais forte e mais único, porque o automático é igual para todos, o medo é o mesmo e a respostas também, mas vencer tal efeito é singular a cada qual, digo começando por mim, é maravilhoso admitir-se falho e poder fazer algo para que ser melhor, ser mais você na sua individuação.

A canção logo no início nos fala dessa ação, de não querer ser apenas um ser automático, "eu não quero mais mentir, usar espinhos que só causam dor", fadado a autodestruição de si, adoecido pela inclinação maldosa que a todos seduz, pois quanto mais se deixa, empurra com a barriga, mas atraídos ficamos por deixar as respostas automáticas serem nosso caminho e elas sempre trazem consigo dor a si e aos outros, mas quando tomamos a atitude de ir além, já não vemos mais a destruição/anulação de nós mesmo como atração (o inferno/morte já não é uma constante), nesse momento é que podemos dizer, "dos cegos do castelo me despeço e vou", os cegos podemos relacionar com tudo aquilo que nos deixa em modo de defesa, pronto a atacar por instinto, o medo, então quando somos francos conosco mesmo passamos a dominar tais medos, e acabamos por nos despedirmos deles, comentando parece fácil, parece simples mas não é.
O Caminho para chamar aquilo que reside em nós e nos paralisa, é um caminho árduo, manual, de várias tentativas e de muitas variáveis, "até a pé encontrar, um caminho, um lugar do que eu sou".

O primeiro sintoma da liberdade é a vertigem, quando se sabe caminhando no ainda não tão bem conhecido caminho, temos sempre a dúvida de "será que estou no caminho certo, era tão mais fácil não precisar pensar", ficamos sempre com a sensação do será e isso nos deixa com a tal vertigem, onde o que experimentamos é um não querer adormecer/relaxar, pois não queremos de forma nenhuma que esse duro movimento seja um caminho para uma possível ruína, "Eu não espero que o revolver venha explodir", e então passamos a dar valor a essa nossa pequena notável ação, de ir andando, a pé, fazendo manualmente, exercitando a nossa fé, querendo e realizando bons frutos.

Nesse momento da música é que eu me explodo em delírios, porque, se de um lado temos nós, saindo em busca do que queremos, mas não sabemos se de fato estamos rumando para tal, porém exercitamos nossa fé nesse sentido, pelo outro lado temos uma atração irresistível, para onde podemos olhar, elevando nossos olhos para de onde vem nosso alvo, para onde podemos achar a resposta de nosso caminho, de nós mesmo, e é pra dentro de nós o nosso lar, que podemos encontrar a divindade de Deus, esse exercício de levar nosso lar, é olhar pra dentro de si mesmo e dizer eu quero, estou indo, te trago meu lar (como em uma devoção a Deus, que nos habita), e não vejo outra resposta do Eterno se não...

"Eu vou cuidar, eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar, ah! ah! ah! ah! ah! ah!
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar
E de você e de mim"

É uma declaração plena do amor dEle por nós (Mateus 6:28-30), Ele vai cuidar de nós, cuidar de nos prover alimento/resposta para nossas questões, cuidar do céu e do mar, isto é, nos dar a liberdade para nos expressarmos e abrigo para quando não sabermos como nos resolver, e cuidará da relação dEle conosco, nos exortando, admoestando, ensinando e nos deixando próximo...

Diante a isso que a canção me mostra eu canto junto com Nando:

"Eu não quero mais mentir
Usar espinhos que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou
A pé até encontrar
Um caminho, um lugar
E pro que eu sou"

Nando, obrigado por toda boa obra-prima que tu fez nascer, sou um admirador do teu dom, pois sei que aprove ao Eterno conceder os dons a quem melhor os exercessem!


Curta o som, medite em cada parte, cante, realize o movimento, tome a atitude, deixe a caverna/castelo dos medos e cegueiras!

Thiago S. Reis


** O Blog música do mundo blog, traz a visão e opinião do autor do blog em relação a letras das músicas e não necessariamente a opinião/intenção do autor da letra e/ou artista intérprete!

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